Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Numa noite qualquer de um dia qualquer, num bar qualquer em Lisboa, conheci-te.
Estava sentada quando chegaste, não vinhas só, foste-me "apresentado" por um outro elemento do grupo. Nessa noite éramos cinco.
A empatia foi imediata, até porque nós já tinhamos conversado antes, na net. Já tinhamos trocado algumas frases no site, apenas isso. Conversamos a noite toda, alheios às conversas dos outros três. Quando nos perguntavam algo, anuíamos com a cabeça mas, nem desviavamos o olhar um do outro. Falámos e falámos, parecia que tinhamos ansia de nos conhecermos melhor, de saber, em pouco tempo, tudo o que havia a saber sobre cada um de nós.
Os teus olhos prendiam os meus que não conseguiam desviar-se senão por breves instantes... bebia as tuas palavras, como nectar de fruta almiscarada, sorvia cada uma com deleite, esperando pela seguinte. Nessa noite, a primeira noite da nossa relação improvável , perdi-me em ti.
Perdi-me no teu olhar, no teu sorriso de menino, na tua boca, carnuda, de lábios perfeitamente delineados, respirei o teu ar, enchi dele os meus pulmões, e, quando bem mais tarde nessa noite, me perguntaste num francês correctissimo " tu veux rester avec moi ce soir" , nesse instante, esqueci quem era, onde estava, com quem estava, ficamos apenas nós dois e o universo era só nosso.
Comecei a amar-te nesse mesmo instante! E fiquei contigo.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.